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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Depressão e Suicidio

Os últimos dias não têm sido fáceis. Recebi uma notícia horrível e desde essa altura, não tenho conseguido pensar em mais nada.

Podia ter sido eu! Foi o Jonghyun dos SHINee mas podia ter sido eu!

Tem existido tantos comentários sobre isto e acho que as pessoas que não percebem não deveria achar que podem julgar ou dar palpites sobre o que pode ter acontecido.  Não estou a fazer isto para dar uma justificação para a sua decisão mas apenas para mostrar o meu lado em alguns aspetos.

Eu não julgo a sua decisão, eu percebo-a!

Apenas ele sabia o que andava a vaguear pela sua mente. Acho que ninguém poderá ter uma pequena ideia do seu sofrimento.

A depressão não é uma desculpa para não fazer nada nem apenas para chamar a atenção, a depressão é uma doença. Não é uma doença qualquer em que podes tomar medicamentos e passados uns dias volta tudo ao normal, é uma doença mental, mais complexa do que alguém possa imaginar.

Pedir ajuda e a razão porque isso não acontece

Dizem que devemos pedir ajuda mas nós não queremos que os outros se preocupem connosco, não queremos arruinar a vida a outra pessoa apenas por não nos sentirmos bem. Achamos que não temos esse direito. Que eles já têm os seus problemas é que não precisam também de lidar com os nossos. Temos medo que eles apenas se riam e digam para não sermos estúpidos e que devemos apenas ignorar os nossos sentimentos, que depois acabámos-nos por habituar.

A pior parte é que pensamos que seria melhor para todos se deixássemos de existir, que estaríamos a fazer um favor a todos. Que eles iriam sofrer com a nossa falta mas que depois iria acabar por passar, que depois já não ia doer tanto e que vão acabar por se esquecer de nós. Tantas vezes eu desejei que a minha mãe não tivesse de se preocupar comigo. Sinto que sou apenas mais uma na sua lista de preocupações. Ela nunca mo disse, mas eu sei perfeitamente a razão porque ela fica preocupada sempre que eu não atendo o telemóvel.

Ninguém consegue mudar a nossa mente e os nossos pensamentos.

Não percebo porque continuam a insistir que ir para um psicólogo vai ajudar em alguma coisa. A maior parte das vezes não ajuda. Sei isto demasiado bem, pois desde os 12 que tenho andado em psicólogos e no entanto continuo exatamente na mesma.

Eles dizem que tudo vai ficar bem, mas nunca fica. Nada do que eles possam dizer vai mudar a tua perspetiva. Eu sei o que preciso de fazer, eu sei o que preciso de sentir, mas não consigo de maneira nenhuma por isso em prática. A única pessoa que me poderá ajudar, sou eu mesma, mais ninguém, acreditem! Se não sou a conseguir pensar positivo mais nada vai ajudar. Mas esse é outro problema, de que adianta pensar positivo se a vida continua a forçar-te a ir para baixo. Nada de bom o suficiente parece acontecer.

Para mim quando parece que finalmente está tudo a ficar bem existe sempre algo para estragar isso. Sempre que estou bem e feliz, fico sempre com receio, pois sei que não vai durar para sempre. Estou sempre a espera desse momento.

Ninguém têm culpa e era quase impossível de prever

O Taemin é para mim o idol que eu mais gosto, adoro demasiado aquele rapaz por tudo o que ele representa, e neste momento estou demasiado preocupada com ele. Não quero que ele se sinta culpado por não ter percebido, pois se o Jonghyun era um pouco parecido comigo, ele era perito em fingir que estava tudo bem e em mentir. Eu faço-o praticamente todos os dias. Por isso é que gosto de estar sozinha no meu quarto, pois é o único momento em que não preciso de o fazer. É o único local onde posso deixar correr as minhas lágrimas sem me preocupar se alguém vai ver.

Isso assusta-me tanto, a minha capacidade para mentir e para fingir. É tão fácil sair de casa e sorrir mesmo que por dentro só te apeteça chorar. É tão fácil dizeres que estás bem mesmo que por dentro só te apeteça gritar. Acho que acabamos por conseguir aprender a fazer isso de forma natural.

Mas, ao mesmo tempo que queremos esconder também queremos que os outros percebam que não estamos bem. Estamos sempre a pensar: "É assim tão difícil olhares para mim e veres que estou a sofrer?"

Eu sei é uma situação muito contraditória e sem explicação!

A maior parte das pessoas prefere ignorar que existe algo que não está bem. É uma situação muito mais confortável, o de não fazer nada. Mas eu percebo essas atitudes. Eu compreendo. Mas isso não quer dizer que não doa um pouco quando sabem o que se passa e ninguém perguntado se estamos bem. Tal como disse é mais fácil ignorar.
É tudo o que queremos, saber que existem pessoas que se preocupam.  As vezes dá tanta vontade de acabar com tudo apenas para que as outras pessoas possam perceber a merda que estavam a fazer ao escolherem ignorar. Quase que dá vontade de as fazer sofrer de propósito.

Suicídio não deveria ser uma opção

É óbvio que não apoio o suicídio mas no entanto percebo-o!

Se os nossos pais nos deram a vida não é justo da nossa parta livrar-mo-nos dela assim. Mas sei perfeitamente se uma pessoa se suicida é porque já não dava mesmo, já não conseguia aguentar mais nada, tanto sofrimento.

Juro que a única razão pela qual eu aqui continuo não é por mim. Eu não tenho vontade nenhuma de viver, nenhuma! Só me levanto da cama porque não tenho outro remédio! Eu só queria acabar de uma vez por todas com este sofrimento.

Eu vivo pela minha família. Não consigo ser egoísta e deixá-los sozinhos. Não consigo deixá-los a sofrer e a pensarem que me falharam. Eles são sem nenhuma dúvida a minha salvação e a minha razão para viver. Juro que se já não os tivesse eu mesma também aqui não estava.

A verdade é que tenho medo da vida e tenho medo da morte! Apenas vivo por viver. Já nada me entusiasma. E do futuro apenas tenho medo.


O que mais me assusta é sem dúvida o futuro. De não conseguir ser forte o suficiente para ser uma adulta. De nunca conseguir lidar com todos os problemas por causa da minha ansiedade. Tudo me assusta. Parece que não consigo fazer nada sozinha. Tenho medo que os meus pensamentos comecem a ficar mais sombrios e que a minha família me deixa de agarrar a vida.

É disso que mais tenho pena dele, de não ter consigo arranjar algo demasiado forte para o prender a vida.

Uma coisa é certa para mim, a decisão dele não foi totalmente dele, foi da depressão, da sua doença.

Se eu me tenho sentido como me sinto e de já ter pensado no suicídio, nem quero imaginar no que ele pensava dele e da vida, quando tomou a sua decisão. Nem quero imaginar!

Nota: Peço desculpa se isto parecer muito confuso. Tentei ao máximo arrumar os meus pensamentos

Nem tudo está perdido

O último post foi a coisa mais depressiva que já escrevi mas precisava mesmo de explicar exatamente o que sentia. Enerva-me que as pessoas pensem que sabem exatamente o que é ter depressão quando não fazem uma pequena ideia mas no entanto acham que tem o direito de julgar.

Por estar enervada é que tive de escrever aquilo tudo. No entanto, eu ainda estou viva e por algumas razão isso é.

Tudo o que eu escrevi, não é tudo o que penso todos os dias. Felizmente existe muita coisa que me faz não pensar tanto no assunto. Acho que é exatamente esse o segredo para viver.

Temos de nos agarrar a tudo o que nós faz feliz nem que sejam coisas pequenas. Qualquer coisa serve, desde que te faça sorrir.

As series, os filmes, os livros, a escrita, a música, o Kpop, os meus ídolos são todos os meus motivos para sorrir. Nem quero imaginar o que seria da minha vida se estás não fossem as minhas paixões. Vivo tudo o que não posso pessoalmente através de tudo isto. Isto também é a minha salvação. Sempre que me sinto mal sei que pelo menos com isto posso contar para me fazer sentir melhor.

Outro aspeto importante é estar rodeado de família, não estou a querer que precisa de ser a família toda apenas os elementos mais próximos. E importante criar memorias com eles para puderes pensar em todos esses momentos felizes.

Por último, algo que também pode ajudar e em criar objetivos de vida. é muito mais fácil se já imaginares algo para o teu futuro, pois pode fazer-te ter vontade de alcançar isso.

São apenas algumas ideias. Até agora têm resultado para mim.

Para acabar isto com uma nota positiva vou aqui colocar alguns dos melhores momentos Jonghyun, visto que ele não pode ser relembrado como o membro que se suicidou. Não é justo para ele nem para todo o seu trabalho.

Eu infelizmente apenas gosto de Kpop há relativamente pouco tempo portanto ainda não tinha tido oportunidade de observar o seu trabalho alias infelizmente estava a tratar disso no mesmo dia da sua morte. Isso é o que mais lamento, o facto de não puder começar a acompanhar o seu trabalho agora mas pronto, continuamos a ter o passado. Por fim, vou ainda colocar umas músicas que estavam a ser favoritas.




domingo, 17 de dezembro de 2017

Kpop Live

Não tenho muito a dizer sobre estes vídeos apenas que me apaixonei por estas performances assim mais calminhas. Faz-me gostar muito mais deles todos.

Victon - Your smile and you


Victon - Sunrise

 

KNK - Once in A lifetime


Up10tion - Because


Onew & Taemin (SHINee) - Rainy Blue


Taemin - Soldier


Taemin - Hypnosis


sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Filme: Quand on a 17 ans

  "Precisas de ter mais confiança em ti, nos outros, na vida"


Damien e Tom são dois rapazes da mesma escola que sem nenhum motivo aparente estão sempre a meterem-se um com outro.
Mais tarde a mãe de Damien, Marianne acolhe Tom para ficar na sua casa. 
Nesta altura, os dois rapazes acabam por ficar amigos e eventualmente essa amizade poderá torna-se em algo mais.

Drama, Romance

2016        (1h49)

Atores principais: Sandrine Kiberlain (9 mois       ferme), Kacey Mottet Klein (Sister; Home), Corentin Fila

Tem a classificação de 7.2 de 10 no site IMDs
         





Aviso: O filme tem como tema a homossexualidade, portanto para quem não gosta de ver não aconselho verem o filme.

Sem spoiler:

O filme está divido em três partes, em que cada uma representa um período de um ano letivo. A medida que eles vão mudando, o tempo e o comportamento das personagens também mudam.

1 - O Clima de inverno acaba também por ser um bom condutor para nos apercebermos do estado de espírito de ambos. Não só por que são frios um com o outro mas também por causa de estarem sempre sozinhos.

2 - Já quase que não existe neve e no final a neve desapareceu totalmente. O temo começa a mudar a partir da altura em que Damien e Tom começam a ficar mais próximos.

Agora que eles já são amigos, o tempo quente já chegou.


Eles aparecem os dois pela primeira vez na aula de educação física onde ninguém os queria escolher para pertencer a uma equipa. Vê-mos logo por aqui que existem umas semelhanças entre os dois que poderiam servir de ligação.

A maior parte dos filmes com uma temática homossexual a que estou habituada ver tem quase sempre o mesmo início: em que o nosso casal se odeia no início da história e até acabam por praticar bullying um com o outro, sem nenhum motivo aparente.

Ao irem para as suas casas começamos a reparar que os estilos de vida de ambos são totalmente opostos. Podemos logo chegar a esta conclusão assim que vemos os meios de transporte que os dois têm no meio de tanta neve.

Mas isto não significa que não tem ambos muita coisa com que lidar em casa.

Damien apesar de ter uma mãe muito presente e preocupada acaba por ter um pai ausente a lutar numa guerra.
Tom vive numa quinta, onde tem de cuidar dos animais entre muitas outras tarefas e neste momento tem a mãe doente e para piorar a situação eles não são estáveis financeiramente para poderem comprar os medicamentos corretos. Com esta situação torna-se difícil para ele concentrar-se nos estudos.


A mãe de Damien, Marianne

Adorei a personagem da mãe pois não apenas por ser uma excelente pessoa em que o principal objetivo é ajudar as outras, como também tem uma boa relação com o filho. 

Ela é um mãe em quem Damien confia bastante pois ela está sempre a apoia-lo e a dar conselhos. Gostei do filme por ter optado por ter colocado a mãe a perceber quem o filho é, sem julgamentos nem perguntas.

Ela é também uma pessoa muito forte para conseguir ensinar e lidar sozinha com o filho para além de ter de estar constantemente preocupada com o seu marido.

Um aspeto que me surpreendeu pela positiva foi ao terem dado um destaque a sua personagem. Por não a terem "chata" que tudo o que faz é prejudicar o filho. Aqui vemos que ela é igualmente uma pessoa humana, que por isso tem direito a sofrer e ao ter problemas que não envolvam diretamente o filho.



Com SPOILER: (pode contêr algumas informações que pessoas possam não querer saber) 


Achei interessante o Damien não ter logo culpado o Tom de lhe ter batido sem nenhum motivo para se livrar daquela situação e o mais surpreendente ainda é que também o defendeu. Acho que por aqui nos apercebemos de quem é que já tem alguns sentimentos.

No segundo semestre a relação dos dois parece estar a mudar. 

Apesar de se continuarem a odiar e continuarem a pancada acabam por ter logo de seguida momentos em que conseguem conviver e seguem-se um ao outro. Acabam por me deixar a mim confusa.


Adorei a forma como a relação deles foi evoluindo aos poucos, o que já e mais raro acontecer em cinema. Sinto que tem os momentos certos para percebermos essa evolução.


Como a história é sobre as duas personagens em conjunto é normal que não tenhamos informações sobre o passado das personagens, nem muito menos sobre as suas vidas sexuais.

Por isso, aprendemos com o Tom que o Damien estava sempre a olhar para ele na escola. Ou seja, ele tem uma atração por Tom, mesmo que ainda não seja compreendida, e que o que sente por ele não é normal.

Ele acaba por querer perante esta situação desvendar quem realmente é. 

Como é que isso pode ser possível? Está tudo relacionado com experiência. Para se ter a certeza de algo é mesmo necessário experimentá-la. 

Outro fator que o levou a cometer aquela loucura foi também pela vontade. 

Por esta razão que não estou aqui para criticar a decisão de Damien e não sinto qualquer repulsa por ele.

No entanto quando chega o momento de acontecer o que ele veio à procura, arrepende-se e voltar atrás com a sua decisão. 

Foi a decisão certa mas isso fez-me lembrar o que muitas vezes acontece o mesmo comigo. O de querer e desejar tanto uma coisa mas quando realmente a posso e vou ter também eu acabo por desistir. Como se o encanto por isso tivesse passado. Como se o que realmente interessava era a ansiedade e o de esperar por esse momento.

E para provar o que tenho dito aqui fica a frase que o Damien diz para o Tom: “Queria saber se tinha atração por homens ou apenas por ti”.


Será que faz parte dos homens utilizarem a violência para tudo? Até mesmo para esconderem os seus sentimentos. E em relação aos homossexuais será que eles se sentem mais homens ao utilizar a violência? Será que esse é a maneira que eles arranjam para mostrar que são héteros. Acho que só serve para magoar as duas pessoas que foi o que Tom conseguiu com aquela briga.

Diria que já temos a certeza daquilo que o Damien é. 

Em relação ao Tom ainda está tudo confuso, pelo menos para ele, pois para mim, a violência já foi a resposta que estava a procura. Percebo que ele também precisa-se de tempo.

Assim que ele finalmente confessa e passa a noite com Damien, vê-mos que ainda existe relutância em ficar com ele fora do ambiente acolhedor que é a casa.

Em relação ao final, eu gostei pois ficamos a saber que eles continuam juntos. Só gostava de ter percebido se a relação deles era apenas no campo, sozinhos ou se eles já teria assumido, mas pronto, isso fica para nós adivinhar-mos.


        Trailer:

         

sábado, 2 de dezembro de 2017

Recomendações de Kpop 3 - novos grupos

Estas estão todas por ordem de preferência da que gosto mais para a que gosto menos

A.C.E - Cactus
22/05/2017


Stray Kids - Hellevator
06/10/2017


JBJ - Fantasy
18/10/2017


MXM - I´m the One 
06/09/2017


TRCNG - Spectrum 
10/10/2017


The Boyz - I´m your Boy
11/10/2017


PlayBack - Want You To Say
28/10/2017


HyeongseopXEuiwoong - It Will Be Good
02/11/2017


ONF - ON/OFF
01/08/2017