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segunda-feira, 12 de março de 2018

Filme: Call Me By Your Name (Oscar 2018)

"How you live your life is your business, just remember, our hearts and our bodies are given to us only once. And before you know it, your heart is worn out, and as for your body, there comes a point when no one looks at it, musch less wants to come near it. Right now, there´s sorrow, pain. Don´t kill it with it the joy you´ve felt"

"Nature has cunning ways of finding our weakest spot"

"People who read are hiders. They hide who they are. People who hide don´t always like who they are"

"Finalmente um filme que me fez lembrar o motivo pelo qual adorei ver os filmes nomeados o ano passado.

Elio é um adolescente que está a tentar descobrir quem é. Com a chegada de Oliver nasce um bonito romance entre os dois cheio de dúvidas e descobertas.

Romance

2017       (2h 12 min)

Atores principais: Timothée Chalamet (Lady Bird) , Armie Hammer (The Social Network)


Tem a classificação de 8.1 de 10 no site IMDs



Aviso: O filme retrata a homossexualidade, portanto para quem não gosta, não veja o filme.


Foi perfeito, nem mesmo o final me faz mudar de opinião.

Todos os filmes/series que vejo que retratam um casal homossexual, o final é quase sempre o mesmo. Apesar de querer de certa forma dizer que nem sempre existem finais perfeitos, parece que escolhem sempre este tipo de filme para utilizar esse argumento.


No entanto, a forma como o fizeram com este filme deixa-me feliz. Só percebi bem o final e o quanto era genial depois de ter lido um comentário no youtube que dizia: "Uma cena de 4 minutos onde ninguém diz uma única palavra. Elio num primeiro plano que chora e sorri, sofrendo ao relembrar-se dos momentos bonitos que tinha passado com o Oliver. O fundo está desfocado enquanto a mãe e Mafalda colocam a mesa, significando que enquanto sofreremos o mundo continua o seu caminho.

Personalizando de forma íntima e significativa os sentimentos de Elio e os nossos porque apenas vivemos uma vez"

Esta última frase não só se adapta para o final como para todo o filme. Parece que era esse o objetivo, que era isso que o filme queria transmitir. Foi neste caso através de um romance mas pode adaptasse a a qualquer outro aspeto das nossas vidas.


Existem certas experiências que são necessárias termos para crescer e ter um misto de sentimentos diferentes. Temos neste caso, a questão de um primeiro amor, sendo ele homossexual ou não, o significado é o mesmo. Amar outra pessoa ou tentar perceber outra pessoa acaba por ser necessário para nos podermos conhecer a nós mesmos.

Tal como o filme Lady Bird é uma história sobre uma das fases mais importante da nossa vida que é a adolescência. Uma época de crescimento e descobrimento. No entanto foi, na minha opinião, muito melhor conseguido aqui e diria que a direção, os planos demorados e a música foram as principais razões.

Não consigo bem explicar o significado que teve para mim mas fez-me chorar nos últimos 20 minutos de filme. Começando pela conversa de Elio com o seu pai. O pai dele não seguia os estereótipos deixando o filho viver a sua vida deixando-o apenas saber que estará sempre disposto para o ouvir.


A relação de Elio e de Oliver foi maravilhosa de observar e ver o seu desenvolvimento. Não foi nada despachado nem forçado. Era tudo carinhoso. A diferença de idades não alterou nada nem nunca foi uma entrave para nos apaixonarmos pelas personagens.

Parece que acabei o filme a sentir falta deles, especialmente de Elio, parecia que tinha perdido um amigo. Ele é uma pessoa extremamente culta, inteligente e mais importante, era real.


Nem tudo é para sempre. Essa é a dura verdade mas não quer dizer que não possamos aproveitar e viver no momento, não significa que não nós devemos aproximar ou apaixonar apenas porque vai eventualmente acabar. Devemos apenas viver no momento. É tudo o que interessa, pois as experiências continuam, as memorias continuam e com certeza aprendemos e crescemos com tudo o que aconteceu.


Trailer: