"Nature has cunning ways of finding our weakest spot"
"People who read are hiders. They hide who they are. People who hide don´t always like who they are"
"Finalmente um filme que me fez lembrar o motivo pelo qual adorei ver os filmes nomeados o ano passado.
Elio é um adolescente que está a tentar descobrir quem é. Com a chegada de Oliver nasce um bonito romance entre os dois cheio de dúvidas e descobertas.
Romance
2017 (2h 12 min)
Atores principais: Timothée Chalamet (Lady Bird) , Armie Hammer (The Social Network)
Tem a classificação de 8.1 de 10 no site IMDs
Aviso: O filme retrata a homossexualidade, portanto para quem não gosta, não veja o filme.
Foi perfeito, nem mesmo o final me faz mudar de opinião.
Todos os filmes/series que vejo que retratam um casal homossexual, o final é quase sempre o mesmo. Apesar de querer de certa forma dizer que nem sempre existem finais perfeitos, parece que escolhem sempre este tipo de filme para utilizar esse argumento.
No entanto, a forma como o fizeram com este filme deixa-me feliz. Só percebi bem o final e o quanto era genial depois de ter lido um comentário no youtube que dizia: "Uma cena de 4 minutos onde ninguém diz uma única palavra. Elio num primeiro plano que chora e sorri, sofrendo ao relembrar-se dos momentos bonitos que tinha passado com o Oliver. O fundo está desfocado enquanto a mãe e Mafalda colocam a mesa, significando que enquanto sofreremos o mundo continua o seu caminho.
Personalizando de forma íntima e significativa os sentimentos de Elio e os nossos porque apenas vivemos uma vez"
Esta última frase não só se adapta para o final como para todo o filme. Parece que era esse o objetivo, que era isso que o filme queria transmitir. Foi neste caso através de um romance mas pode adaptasse a a qualquer outro aspeto das nossas vidas.
Existem certas experiências que são necessárias termos para crescer e ter um misto de sentimentos diferentes. Temos neste caso, a questão de um primeiro amor, sendo ele homossexual ou não, o significado é o mesmo. Amar outra pessoa ou tentar perceber outra pessoa acaba por ser necessário para nos podermos conhecer a nós mesmos.
Tal como o filme Lady Bird é uma história sobre uma das fases mais importante da nossa vida que é a adolescência. Uma época de crescimento e descobrimento. No entanto foi, na minha opinião, muito melhor conseguido aqui e diria que a direção, os planos demorados e a música foram as principais razões.
Não consigo bem explicar o significado que teve para mim mas fez-me chorar nos últimos 20 minutos de filme. Começando pela conversa de Elio com o seu pai. O pai dele não seguia os estereótipos deixando o filho viver a sua vida deixando-o apenas saber que estará sempre disposto para o ouvir.
A relação de Elio e de Oliver foi maravilhosa de observar e ver o seu desenvolvimento. Não foi nada despachado nem forçado. Era tudo carinhoso. A diferença de idades não alterou nada nem nunca foi uma entrave para nos apaixonarmos pelas personagens.
Parece que acabei o filme a sentir falta deles, especialmente de Elio, parecia que tinha perdido um amigo. Ele é uma pessoa extremamente culta, inteligente e mais importante, era real.
Nem tudo é para sempre. Essa é a dura verdade mas não quer dizer que não possamos aproveitar e viver no momento, não significa que não nós devemos aproximar ou apaixonar apenas porque vai eventualmente acabar. Devemos apenas viver no momento. É tudo o que interessa, pois as experiências continuam, as memorias continuam e com certeza aprendemos e crescemos com tudo o que aconteceu.
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