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sábado, 18 de março de 2017

Filme: Lion (Oscar 2017)

“I´m starting to remembre a life I had forgotten”

 “- What if you do find home and they´re not even there? Then you just keep serching?

 - I don´t have a choice”

Saaro é um menino de 5 anos que vive na Índia com a sua família até que acaba por se perder. Fica completamente sozinho.
Anos depois, já Saaro é mais velho começa a procurar o paradeiro da sua verdadeira família.

Drama

2016              (1h58min)

Atores principais: Sunny Pawar, Dev Patel (Skins, Slumdog Millionaire), Nicole Kidman (The Hours, Far and Away)

Tem a classificação de 8 de 10 no site IMDs.

Baseado em factos reais.



Logo do começo do filme que nos apercebemos que as nossas personagens vivem numa zona de grande pobreza e que fazem todos os possíveis para sobreviverem.

Notasse a generosidade destes rapazes ao tentarem ajudar a mãe a sustentar a família sempre que podem. 

Reparamos logo que estamos perante pessoas muito humildes. 


Desde o momento em que o irmão o deixou sozinho na estação de comboios que dava imediatamente para perceber que não iria acabar por correr nada bem.

Esta parte deixou-me muito agoniada por que não conseguia parar de imaginar como seria se esta situação acontecesse comigo. Ele para além de estar muito afastado da sua família encontra-se num local onde as pessoas não falam a mesma língua.

As pessoas estão demasiado preocupadas com as suas próprias vidas que nem se apercebem que algo não está bem. Ou então apercebiam-se mas não queria fazer nada para não lhes dar trabalho.


O filme foi muito importante em termos de descobrir em quem se pode ou não confiar. Nem sequer consigo perceber como é que um menino tão pequeno foi capaz de perceber quando o pode ou não fazer.

Para além de mostrar isto acaba também por mostrar ao telespetador que ainda existem pessoas que querem praticar o bem tanto como a família que o adotou como com as pessoas que permitiram que ele tivesse uma casa.

Algo que estou a verificar que se encontra nestes nomeados para os oscars é que nos filmes em que existe um desenvolvimento físico das personagens a passagem do tempo está sempre muito bem conseguida.

São sempre nas partes mais importantes e necessárias para que se perceba o seu crescimento psicológico e servem bem para perceber aquilo em que Saroo se tornou ou até mesmo porque toma determinadas opções.


20 Anos depois, percebemos que o passado de Saroo o continua a perseguir.
Parece que ele apesar de ter uma boa vida e uma boa relação lhe continua a faltar uma parte. Esse acaba por ser o problema.
De facto é fácil perceber as diferenças de vidas que ele tem vivido, ou seja, a vida de pequeno em que ele é pobre e depois a sua vida adulta, onde isso não é um problema. Ele sente que tem demasiado comparado com o que a sua verdadeira família deve ter passado.

 Até nós que estamos a ver o filme acabamos por nos esquecer que existe um outro lado que também sofre. A sua verdadeira família deve sentir-se demasiado culpada por o terem “abandonado”, sem, saberem se quer se ele está vivo.

Assim que lhe dão uma possível solução conseguimos perceber porque toma a decisão que toma. No entanto, o insucesso acaba por o deixar demasiado frustrado.

O fim deixou-me com uma sensação de alívio, de felicidade e confesso com algumas lágrimas. Desde o início que torcia com este final e foi bom o poder ter.

Ainda mais especial é a forma como este final acaba por acontecer. Parece algo absurdo. Como é que foi possível? 

Saroo era mesmo uma pessoa especial. Eu nunca me conseguiria lembrar de todas aquelas memórias. Deixa-me muito mais impressionada por ter sido a maneira real. Por ter mesmo acontecido daquela maneira. 



 Todos os atores desde filme fizeram um ótimo trabalho a representarem estas personagens. 

Quero especialmente referir-me o “ator” que fazia do pequeno Saara. Descobri através de entrevistas que o rapazinho nunca tinha atuado. Neste filme foi a sua primeira vez. Se não tivesse descoberto isto aqui, isso nunca me passaria pela cabeça.

Antes de ver o filme fazia-me confusão o nome da Nicole Kidman, por aparecer tão pouco no filme, mas afinal consigo perceber a razão. Todas as vezes que aparecia no meu ecrã, eu acreditava sempre na sua performance. Apesar de ela ser uma atriz muito conhecido, este foi o primeiro filme que vi com ela.


Todos os filmes que retratam de alguma forma a vida de uma pessoa “verdadeira” são sempre os meus preferidos e este não poderia ser diferente. Vai fazer sem dúvida parte da minha vida.

O facto do filme se passar num local fora de hollywood tornou muito melhor a experiência. Foi muito bom poder conhecer um pouco mais de outras culturas. Acabamos por poder observar melhor o nosso mundo, que por vezes, temos tendência a esquecer o quanto ele é enorme. Cheio de pessoas e situações, que a nós nos passa ao lado.


Categorias no Oscar: 

- Melhor filme, Supporting ator (Dev Patel) e atriz (Nicole Kidman)

- Adapted Screenplay, Original Score, Cinematography


Trailer legendado:



sábado, 11 de março de 2017

Filme: Arrival (Oscar 2017)

“If you could see your whole life from start to finish, would you change things?”

“Despite knowing the journey and where it leads… I embrace it. And I welcome every moment of it”

“Language is the Foundation of civilization. It is the glue that holds a people together. It is the first weapon drawn in a conflict”

“We´re a world with no single leader. It´s impossible to deal with just one of us”


Naves alienígenas chegam a terra e com isto a Dr. Louise Banks (que é uma linguista) é levada até eles para tentar comunicar e descobrir o motivo porque estão na Terra.


Drama, Mistério, Ficção científica

2016             (1h56min)

Atores principais: Amy Adams (Enchanted, Batman Vs Superman: Dawn of justice) , Jeremy Renner (Thor, The Avengers, Caption America: Civil War)

Tem a classificação de 8.1 de 10 no site IMDs





Estava com bastante curiosidade para ver este filme pois como o tema são os extraterrestres, queria rapidamente perceber a razão por que estava a concorrer como melhor filme.

Tenho de confessar que nunca vi muitos filmes com este tema. E aqueles que vi foram em filmes para jovens portanto este é o meu primeiro contacto com um filme assim.



Apesar de não ter gostado da maneira como começou consigo perceber a razão por que era necessária a introdução. Era uma forma de conseguirmos perceber as motivações da doutora para justificar as suas decisões.

Verifica-se logo que a diferença entre um civil e uma pessoa com algum poder (coronel) que pertence ao Estado. Reparei nisto, na primeira vez que existe assim uma interação.

Enervou-me o facto de que o coronel, de certa forma estava a rebaixar a doutora. Como se a maior perda fosse para ela e não para ele, até mesmo quando a “acusou” de se querer aproveitar da situação, quando o seu único objetivo era ajudar. Com certeza que a doutora é que sabe em que condições é que ela conseguiria decifrar a situação.



Começo agora a perceber a razão pela qual este filme foi escolhido. Ele não está só relacionado com os extraterrestres como também na forma como os seres humanos reagem a uma situação pela qual nunca tinham passado. O desconhecido é sempre muito temido.

No entanto, a primeira experiência que a doutora teve com eles, quase que me deixou arrepiada e também com medo. Não seria algo que eu teria coragem de fazer. Especialmente quando tem de estar constantemente a fazer as mesmas coisas repetidamente até arranjarem alguma solução e pistas.

Pelo mundo como era de esperar, começa a existir a desordem.
Como é algo desconhecido e as pessoas não sabem se aquela “nave” vai ter precursor positivas ou negativas, ficam apreensivas. Então, começam a fazer o que o ser humano melhor sabe fazer:  sobreviver sem medirem as suas atitudes. Não importa quem possam magoar pelo caminho. Quase como se fosse um por um, o coletivo e o bem-estar deixam de ser importantes.


O filme acaba por não ser a tentativa de fugir aos eliens, que é ao que estou habituada mas sim na tentativa de conseguirem comunicar uns com os outros. Demostra a importância de precisarmos de uma língua universal (o inglês) para que exista um melhor entendimento no Mundo e para que a comunicação seja mais fácil e imediata. Seria muito mais caótica. Logo podemos trazer este filme para a vida real por causa desse aspeto.

No entanto mesmo com eles a partilharem a mesma língua os problemas continuam. Como diz no filme, como não existe um líder principal e sim vários que são representativos dos países, cada um tem uma ideia diferente e com isto torna-se impossível a cooperação entre todos.

O medo também acaba por ser uma forma de tomada de decisões precipitadas levadas apenas pelo medo. Já temos aprendido ao longo da nossa história, que quando existe demasiado medo tendemos a resolver os problemas usando a violência e as armas. O facto de este ter sido o caso acaba por complicar tudo pois estão a tomar logo uma posição de ataque e não de entendimento.


Este filme também me deixou muitas vezes frustrada mas também bastante animada e com uma enorme vontade de chegar ao final para poder finalmente descobrir qual é o verdadeiro propósito dos aliens na terra.

Algo que contínua muito presente é a história do início, da vida pessoal da nossa doutora, que a parece perseguir durante toda a sua jornada. Estará a apelar ao seu lado maternal, pois apesar de tudo é isso que ela sente em relação as criaturas.

Acaba por se tornar uma pessoa amiga. Existe bastante presente um respeito mútuo por parte das duas partes. Acredito que foi isto que fez com a Doutora conseguisse descobrir tantas coisas em relação aos aliens, ela tentou conectar-se com eles.

A medida que nos íamos aproximando do final começavam as verdadeiras dúvidas mas que rapidamente acabávamos também por ter as respostas necessárias par compreender o propósito dos aliens em terra. 


O filme foi sem qualquer dúvida a maio revelação dos filmes que vi até agora para a categoria de melhor filme. Finalmente consegui perceber a razão da escolha desde filme para uma categoria tão importante.

Tudo foi muito bem pensado, referindo-me mais ao facto de como os aliens comunicavam e pela criação da linguagem. A qual continuo sem entender absolutamente nada.

Estava muito bem escrito. De uma forma que acaba por ser acessível para todo o tipo de pessoas. Mas que não deixava de ter a sua percentagem de informação científica para a compreensão. 



Categoria nos Oscars:

- Cinematography
- Directing
- Film Editing
- Production Design
- Sound Editing
- Sound Mixing
- Writing (Adapted Screenplay)

Trailer legendado:


sábado, 18 de fevereiro de 2017

Filme: Moonlight (Oscar 2017)

“At some point you gotta decide for yourself who you´re going to be. Can´t let nobody make that decision for you”

Uma história sobre auto descoberta ao viver num bairro complicado de Miami. Observamos a evolução de um jovem desde criança até a idade adulta. Ele é uma personagem diferente dos outros que apenas está a tentar encontrar o seu caminho.

Drama


2016              (1h51min)


Atores principais: Alex R. Hibbert, Ashton Sanders (The Retrieval), Trevante Rhodes (Westword)


Tem a clssificação de 8.1 de 10 no site IMDs



Antes de começar a comentar o que achei do filme preciso de começar por dizer que o filme está relacionado com homossexualidade, não tem muitas cenas sobre isto mas o tema encontra-se presente. Portanto para quem não gosta desde tipo de filmes é melhor nem sequer ver.

Posto isto, tenho de dizer que não estava nada a espera que um filme assim estivesse nomeado nos oscares como categoria para melhor filme. Não só pelo tema da homossexualidade mas também por ser com pessoas de raça negra. Foi uma surpresa para mim. 

Sinceramente, nunca teria imaginado que alguma vez alguém fosse criar assim um filme.São tantos os pontos importantes e interessantes que acaba por ser difícil numera-los a todos e falar sobre eles.

O enredo está dividido em 3 partes. Na primeira parte que são mais ou menos os primeiros 38 minutos do filme são quando a personagem principal é mais pequena. A segunda parte e com ela um pouco mais velha, provavelmente no secundário. A última parte penso que é em adulto.

Outra coisa interessante sobre as três partes é que em cada uma delas a personagem principal tem como 3 nomes diferentes: Little, Chiron, Black.

Gostei muito da maneira como passamos de uma parte para a outra. Achei que foi no momento ideal para a transição das personagens e fiquei logo com vontade de saber o que tinha mudado de um tempo para o outro.



Logo desde o início do filme que nos apercebemos que Little não é como todos os outros meninos do seu bairro e por isso todos gozam com ele. Gostei bastante da sua personagem e foi muito bom poder ver esta situação pela perspetiva de um miúdo que já tenta perceber como a vida real funciona, quem são as pessoas da sua vida e quem ele é realmente. 

Ele próprio acaba por saber que é diferente dos outros mas fiquei com a sensação que era pelo facto de não ser como os outros meninos do bairro que eram muito mais violentos que ele. Acho que esta era a diferença que ele mais sentia.

Só não gostei muito do facto de as outras pessoas já terem uma perceção daquilo que little era. Quer dizer o rapaz não tinha menos de 12 anos e todos os seus colegas e até a sua própria mãe já o chamavam de “bicha”.

Algo que tive muitas dúvidas foi com a personagem principal. Desde o início da história que achei que ele era gay. Mas a medida que ia avançado começava a ter algumas dúvidas. O filme, que era o que eu tinha em mente, não é sobre um jovem que tenta viver com a sua sexualidade mas sim um filme sobre crescimento.  


Uma outra personagem que me surpreendeu foi o homem mais velho, Juan. Logo no início do filme ficamos com impressão que é um homem muito badass (não me consegui lembrar de outra palavra) mas com o desenvolvimento do filme vemos que é uma pessoa com um ótimo coração apesar de ser responsável pela venda de drogas no bairro.


Demonstra com isto que por vezes as pessoas têm de viver essas vidas não por que querem mas por que precisam de sobreviver e está é a única maneira que conseguem ou até mesmo que conhecem.

Acaba assim como a sua namorada por serem a verdadeira família de Little, visto que a sua mãe é uma viciada em drogas e não dava a devida atenção ao filho. No filme a razão par isto não é muito explorada mas é possível perceber que naquele lugar é algo que se consegue de forma muito fácil. No entanto a personagem passa por uma mudança e crescimento no filme, o que gostei muito que tivesse acontecido, para a tornar mais real.


O meu único problema foi com o início pois não estava a conseguir compreender qual era a verdadeira história ou quem eram as personagens individualmente mas rapidamente me apaixonei pelo filme e o comecei a compreender.

Mas existe uma cena em específico que foi a minha preferida, onde Little tem a capacidade e o à-vontade para fazer certas perguntas e o facto de Juan lhe responder com honestidade, sem esconder a verdade.


Outra coisa que achei interessante foi o facto de estas pessoas fazerem questão de preservarem a sua masculinidade. Tem de mostrar de todas as formas seja pela sexualidade, seja pelas conversas, como é o caso da cena da praia com a conversa sobre o facto de Kevin mencionar que não chora.

Portanto, reparei nisto bastante com a personagem de Kevin que fazia sempre questão de mencionar esses factos, como se estivesse a tentar justificar aquilo que ele quer que as outras pessoas pensem dele, assim como aquilo que ele tem de pensar dele mesmo. Se for capaz de se enganar a ele próprio com certeza que vai conseguir convencer os outros. 


A parte que me deixou mais frustrada foi a maneira como a segunda parte acabou. Não estou a referir-me em termos técnicos mas sim com o que acontece com a personagem. E aqui que observamos as injustiças. 

Como o facto de que um constante bullying pode levar uma pessoa a cometer algumas loucuras. A culpa não foi totalmente da nossa personagem principal. Chegou a uma altura em que teve de escolher como iria enfrentar o problema. Ele tinha duas opções e consigo perfeitamente perceber a sua escolha. Deveria era ter sido mais esperto na escolha do lugar, deveria ser um sítio mais privado como tinha acontecido com ele, pois esta pessoa acabou por se visto como coitadinha quando a culpa tinha sido dela.


Não posso deixar de falar sobre a linguagem do filme que é bastante característica. Mas também não poderia ser de outra maneira. Ainda bem que não tentaram mudar isso, pois usaram algo bastante característico destas pessoas. Sem isso, a história nem faria sentido.



Categoria nos oscars:

- Actor in a Supporting Role (Mahersala Ali)
- Actress in a Supporting Role (Naomie Harris)
- Cinematography
- Directing
- Film Editing
- Music (Original Score)
- Writing (Adapted Screenplay)


Trailer legendado:




quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Filme: Hidden Figures (Oscar 2017)

“Every time we get a chance to get ahead they move the finish line. Every time”

“- Dispite what you may thing, I have nothing against y´all. 
  - I Know you probably believe that”

Katherine Goble, Dorothy Vaughan e Mary Jackson são três mulheres que trabalham na NASA.
Este filme demonstra as suas jornadas contra o racismo e a falta de feminismo enquanto tentam ao máximo trabalhar no avanço espacial dos EUA. 


Drama, Biografia, História


2016       (2h7min)


Atores principais: Taraji P. Henson (Empire) , Octavia Spencer (The Help) , Janelle Monáe (Moonlight)


Tem a classificação de 7.9 de 10 no site IMDs


O filme é baseado em factos reais. Achei isto espetacular visto que não fazia nenhuma ideia sobre este tema. Sei que a NASA existe mas para além disso não sei mais nada. Muito menos que existiam tantos problemas no facto de haver mulheres negras a trabalhar lá.

Eu admiro muito estas mulheres pelo facto de ter sido muito mais complicado para elas trabalharem na NASA. Apesar das dificuldades que lhes aparecia a frente elas continuavam a lutar, tanto para poderem ter um trabalho como mais tarde conseguirem ganhar o respeito dos colegas.

 É muito bom, finalmente, ter esta história. Por vezes, se não forem os filmes a mostram, acabamos por nem sequer saber destas questões ou que mulheres assim tão determinadas existem. 


O racismo existe em todo o lado. Por vezes esqueço-me deste pormenor. Não são só as pessoas de classe média que passam por estas situações mas também acontece com pessoas que se encontram na classe alta. Como podemos reparar no nosso mundo, existem poucos cargos que são dados a pessoas de cor negra.

Podemos reparar no filme que, existem diferentes categorias, para além da mais visível entre homens e mulheres, existem também a diferença entre as mulheres de cor negra e as outras. 

Como por exemplo, o local onde trabalham, as casas de banho, ou até mesmo a porta por onde devem entrar.
Outro facto que me chamou a atenção foi que numa mesma comunidade havia pouco feminismo, visto que ninguém acreditava que a mulheres poderiam ter cargos importantes.


Dá a sensação que estão a tratar as mulheres de cor negra como se tivessem uma espécie de doença contagiosa. Existem tantas divisões entre elas que parece se esse o problema.

É que nem sequer conseguem disfarçar, é só mesmo para as fazer sentir mal. O que eles não contavam é que elas fossem mulheres cheias de garra.

Mas sabemos que eles a única coisa que tem é inveja, aqueles homens nojentos, tem medo de que as mulheres consigam ser mais inteligentes que eles.

Como se estivessem a tenta dizer que elas apenas lá trabalham por que fica bem dizer que tem trabalhadores diversificados mas que depois fazem de tudo para criar categorias.


Tive grandes dificuldades em perceber este filme. Sempre que elas estavam na NASA, eu não percebia nada daqueles cálculos. Isso deixou-me um pouco irritada, pois eu queria mesmo compreender o máximo possível para falar sobre o filme.



Categoria nos oscars: 

- Melhor filme
- Atriz (Octavia Spencer)
- Writing (Adapted Screenplay)

Trailer legendado:


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Filme: Manchester by the sea (Oscar 2017)

“I said a lot of terrible things to you. My heart was broken, and I know yours is broken, too”

“I can´t beat it. I can´t beat it. I´m sorry”


Lee, é um homem divorciado que vive uma vida pacata, até ao dia em que o seu irmão morre.
Ele tem de regressar a casa para tomar conta do seu sobrinho, Patrick.

Drama

2016         (2h17min)

Atores principais: Casey Affleck (The Finest Hours, Good Will Hunting) , Lucas Hedges (Moonrise Kingdom, Kill the Messenger)

Tem a classificação de 8.2 de 10 no site IMDs 





Já se passaram 51 minutos mas continuo sem estar a gosta muito da história, não a acho nada apelativa.

Apenas vou continua a vê-lo, primeiro por causa de ser um filme a concorrer para os oscars e segundo por que ouvi dizer que acontece algo inesperado e complicado com o caminho da personagem principal. Estou com curiosidade para descobrir isso.


No entanto, ainda não encontrei nenhum aspeto que me cative para o filme.

Não estou a gostar muito da personagem principal nem sequer do ator. Não sei se é mesmo suposto ele ser assim mas não sinto que consiga passar muito bem emoção mas pode ser mesmo esse o objetivo. 

 O filme tem alguns momentos em que volta ao passado. A primeira vez que aconteceu nem me percebi disso. Cheguei a pensar que seria uma outra história, completamente diferente. Isto aconteceu-me por que apesar da personagem principal estar presente na cena eu não em nenhum momento a consegui identificar.


Agora, já acabei o filme, apesar de não ter acabado como um filme preferido.

Vou ter de admitir que depois de descobrirmos o segredo de Lee, comecei a compreender muito melhor a sua história e a sua maneira de ser. Assim como as suas motivações e medos.

Acho que o que me fez demorar a gostar da história foi por me identificar demasiado com o Lee.  Já é normal isto me acontecer. Até mesmo com as minhas histórias. Nunca tenho personagens com as minhas características. Portanto este pode ser um motivo.

A meu ver quem esteve muito bem foi o ator que fez de sobrinho (Patrick). Gostei muito do seu papel. Apesar da sua história também ser um pouco fraca.


Categorias nos Oscars:

- Melhor filme, Actor in a Leading Role, Actor in Supporting Role (Lucas Hedges), Actress in a Supporting Role (Michelle Williams), 
- Directing, Writting (Original Screenplay)


Trailer Legendado:


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Filme: La La Land (Oscar 2017)

“People love what other people are passionate about.”

"Here´s to the fools who dream"

Mia e Sebastian tentam construir um carreira em hollywood, ela como atriz e ele como pianista de Jazz. Até que os seus caminhos se cruzam e passam a ter uma relação amorosa com base em apoio pelo caminho que os dois querem tomar até que começam os problemas.

Comédia, Drama, Musical

2016            (2h8min)

Atores Principais: Emma Stone (The Amazing Spider-man) , Ryan Gosling (The Notebook)

Esta foi a 3ª vez que os dois contracenam juntos

Tem a classificação de 8.6 de 10 no site IMDb



Antes de ver este filme, eu estava com muitas expectativas para ele e por isso acabou por me desapontar um pouco.

Este foi o segundo musical que vi. Mas ao contrário do primeiro que vi este acabou por se afastar um pouco desde tema a medida que o filme foi evoluindo. Até me cheguei a esquecer que era um musical. Mas esta sensação volta a medida que nós aproximamos do final, onde aparece uma longa cena que parece tirada de um teatro.


Este filme acaba por ser mais virado para a população das celebridades, acredito que estas pessoas se possam identificar melhor do que apenas um cidadão normal. Por esta razão é que acho que o filme tem sido um dos preferidos em termos de prémios, por estar a representar os seus mundos. 



Música:

O aspeto que mais gostei foram os momentos de Jazz que o filme tem. Fiquei contente por não ser apenas abordadas as típicas músicas de musicais.

Fiquei impressionada pelas capacidades musicais que a Emma Stone tem. Como nunca a tinha ouvido cantar estava com um pouco de medo. Ryan também não estava mal mas não gostei muito dele a cantar, ainda bem que ele tinha a parte em que tocava o piano. Ai sim fez um ótimo trabalho, especialmente por ele teve três meses a aprender a tocar para poder ser ele próprio a representar essas partes no filme.

No filme, com uma música está o John Legend, que também achei uma escolha maravilhosa para o filme.


Filmagem e processo criativo:

Agora já andei a ver algumas entrevistas e vi alguns vídeos no youtube de pessoas a falar sobre o filme (pessoas que percebem mais disto que eu) e consegui assim perceber algumas partes do filme que antes me pareciam que eram desnecessárias, mas que agora consegui vir que são brilhantes.
No entanto continua a haver uma que continuo sem conseguir perceber, que é a cena logo imediatamente ao cinema.

Algo que também foi muito bem conseguido no filme foi a maneira como ele foi filmado e pensado.
O filme acaba por ter duas personagens mais principais, Mia, a atriz e Sebastian, o músico de Jazz, logo era necessário que existisse primeiro uma breve apresentação das suas vidas individuais, o que houve. Gostei da transição da apresentação da personagem feminina para a masculina.

Mas melhor que aquele que acabei de falar está o que acontece no final. Não quero estar a falar muito sobe este aspeto sem arruinar como acabam as personagens. Mas, pronto, vou tentar explicar de uma forma vaga, é uma cena onde conseguimos ver um pouco de uma vida alternativa se uma certa coisa (destino) tivesse acontecido com eles. Pronto foi o melhor que consegui.

Já que toquei neste assunto, vou comentar o final, o qual gostei bastante, não o mudava em nada. Achei que isso foi muito bem conseguido. Acho difícil, as pessoas não gostarem.

Emma Stone também esteve muito bem a interpretar as cenas mais dramáticas, especialmente na cena da grande discussão que foi a melhor cena para mim. 



Personagens:

Antes de ver o filme estava com uma certa perceção da personagem masculina. Na minha mente ele seria um daqueles mulherengos mas felizmente não é o caso aqui. Fiquei feliz por isso, pois assim seria uma personagem que cada vez mais parece existir nos filmes, series e livros.

Sebastian lá acabava por ser bastante teimoso mas era pelas coisas pelas quais estava apaixonado, pelos seus sonhos. Ele tinha uma ideia e nunca queria larga-la.

Outra coisa que achei interessante foi a maneira que o filme retratou uma forma de música que se encontra em decadência, pelo menos para os mais jovens. Existe uma luta entre continuar com o mesmo estilo de música de sempre ou de ter de a tornar mais atual para que não desapareça para sempre.

Mia, acaba por ser uma pessoa que desistiu de muito para poder percorrer o seu sonho de se tornar uma atriz. Observamos alguém que continua a ir a audições mas nenhuma acaba por ser mais do que isso. Por causa disto ela acaba por querer desistir de tudo, pelas contínuas rejeições.

No entanto, algo que gostei mais neste casal foi a forma como cada um apoiava incondicionalmente a paixão do outro. 



Problema:

O meu maior problema com o filme foi com a primeira parte onde comecei a ficar um pouco aborrecida. Assim que passa a fase inicial de conhecermos as personagens e de elas, as personagens principais se conhecerem e que comecei a gostar mais do filme. Que foi quando as coisas começaram a não estar tão bem para o lado das nossas personagens.

Pois elas para além de estarem a tentar concretizar os seus sonhos pessoais acabam por se encontrarem um pouco presas a outra pessoa ou até mesmo com o aparecimento de problemas relacionados com o dinheiro e com uma vida estável. Ou até mesmo individualmente, por vezes existem sacrifícios necessários e muita persistência para se conseguir chegar a algum lugar quando existem milhares de pessoas parecidas contigo. 



Categorias nos Oscars:

Melhor filme, ator, atriz,


- Cinematography, Costume Design, Directing, Film Editing, Production Design, Sound Editing, Sound Mixing, Writing (Original Screenplay), Music (Original Score), Music (Original Song)

Mais informações sobre outros prémios que o filme já ganhou: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pr%C3%AAmios_e_indica%C3%A7%C3%B5es_recebidos_por_La_La_Land


Trailer legendado:




quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Filme: Summer of 8

" You follow that heart of yours, it will tell you when you find your match"
- Segue o teu coração, ele vai-te dizer quando encontraste a tua outra metade

" - What do we do now that we´ve done the thing we spend our entire life doing?

   - I guess we do the next thing we´ll spend our entire life doing"


O filme foca-se no último dia de oito amigos antes de irem para a faculdade, onde partilham os seus pensamentos sobre este importante passo na vida de todos os jovens. Trata das suas relações tanto a nível amoroso como a nível da amizade.

Comédia, Drama, Romance

2016                 (1h28min)

Atores pincipais: Carter Jenkins (Aliens in the Attic), Shelley Henning (Teen Wolf), Matt Shively (Expelled), Rachel Dipillo (Chicago Med), Nick Monini (Chicago Med), Bailey Noble (True Blood), Natalie Hall (True Blood), Michael Grant (The Scret Life Of The American Teenager)

Tem classificação de 5,6 de 10 no site IMDb



Este filme tem causado opiniões completamente diferentes!
Admito que não foi o melhor filme que vi, no entanto, ele conseguiu mexer um pouco comigo pelos diálogos, onde me identifiquei em várias coisas.



Cometários negativos:
Estes têm como base, o facto de dizerem:

1º - Não acontece nada no filme.

Isto acaba por ser verdade, em termos de localidades. Normalmente os filmes passam-se em diversos locais, no entanto este apenas foca um único dia e um único lugar.
Portanto, eu concordo e não concordo ao mesmo tempo com esta afirmação. Apenas acho que é uma maneira diferente de contar uma história.

O mais importante no filme são os diálogos portanto, sem uma diversificação de cenários não existe tanta distração e podemos, então focar-nos no que as personagens dizem.


2º - Este é apenas mais um filme, como muitos outros sobre jovens, na maior parte só se foca na parte sexual.

Mas, existe algo que não percebo, ser jovem não engloba todas essas coisas? Não faz parte do crescimento? Não faz parte das nossas vidas? Então porque não continuar a falar sobre isso, que é a realidade. Será, então, a realidade um cliché? Acho que acaba por ser uma maneira de te descobrires a ti próprio.


Sei perfeitamente que a vida que estes jovens levaram durante o secundário não é a experiência que todos tiveram. Tudo o que estava relacionado com o sexo, não fez parte da minha vida. No entanto, existem milhares de partes dais quais me identifiquei.

Pessoalmente, não foca apenas nisso mas tal como referi acima sobre a distração, essa é a parte mais visual do filme. É o que o nosso cérebro vai captar mais por estar a observar o cenário.


Quero primeiro avisar de que a partir de aqui pode ter uma enorme quantidade de spoilers. Tentei ao máximo que isso não acontecesse mas não posso prometer nada.


Comentários positivos:

1º - Amizade

Seja de que maneira for, ires para a universidade sem os teus amigos acaba sempre por influenciar sempre o resto da vossa relação.
Nesta história existem duas perspetivas diferentes sobre este assunto: Existe um dos lados que tem medo de se separar do melhor amigo e o outro lado, que sente que precisa de se separar para poder descobrir quem é individualmente.


2º - Amor

Existe um enorme dilema entre duas personagens e apesar de eu não ter passado por essa situação conheço pessoas que passaram. O dilema em questão é o de continuar ou não com a relação do secundário?


Dava para perceber estas personagens se amavam mas por outro lado tinham a plena consciência de que a universidade tem tudo a ver com novas experiências.

Adorei mesmo muito o facto de como o filme lidou com esta situação, em que cabe ao espetador descobrir o que aconteceu. O filme dá uma pequena ideia mas cabe a ti, na tua cabeça, inventar o futuro destas duas personagens.

Estas duas situações são as partes mais importantes e focadas do filme mas também existem outros problemas que foram falados, como a questão da família, de como por vezes só sentimos a falta deles quando estamos prestes a começar a necessitar muito mais deles, em como estamos habituados a que eles estejam sempre por perto.

E também fala da questão de irem para um sítio completamente diferente em que vão estar sozinhos sem conhecer nada e o quanto isso é assustador para todos.


Adorei todas estas partes porque me consigo relacionar com elas e isto é um outro aspeto positivo para o filme, o facto de serem problemas reais pelos quais também tive de passar e tenho a certeza que muitos outros jovens irão passar.

Existe em todas as personagens características que também são minhas, assim como os seus pensamentos. Logo torna o filme mais real, pelas quais qualquer pessoa pode passar.

Quase qualquer fala do filme poderia ser considerada como uma quote pois existem momentos maravilhosos de diálogo. Mas também existem outros completamente desnecessários.

Existem personagens que se sentem preparadas para o próximo passo importante e outras que tem mais dificuldades em aceitar a necessidade de mudança.


 Por fim, um momento importante para mim, foi quando uma das personagens oferece drogas a uma outra. Essa outra personagem recusou e dizendo que não queria porque não poderia ficar mais feliz pelo dia que tinha tido.

Para mim isto foi como uma forma de dizer que apenas pequenos momentos podem fazer toda a diferença e transformar-se em momentos para nunca esquecer.

Que é o que eu farei com a minha experiência do secundário e com as minhas amigas que mudaram a minha vida para sempre. Nunca lhes poderei agradecer o suficiente por tudo o que fizeram por mim. Nunca esquecerei de todos os momentos, risos, tristezas que partilhei com elas.
E esta é a verdadeira essência do filme!

Trailer:

Não consegui encontrar legendado em português mas podem colocar legendadas em inglês, se isso ajudar